Arquivo de etiquetas: Fonte

Fonte da Benêmola

O Percurso que Fizemos o Passado Dia 6 de Dezembro de 2011

Reunimo-nos um grupo de onze pessoas, coordenadas por quem subscreve, J . Ramón Vargas.

Em princípio éramos da turma de 4º ano de Português da Escola de Línguas da U.S, “sêtora” e Cia incluídos, mas na sua maior parte a turma procedia da seita”Círculo de Confusão” por quem fui abduzido recentemente.

Saímos a a pé desde o cartaz do início do percurso “Fonte da Benêmola” na freguesia de Querença (é recomendável a visita a esta pequena aldeia), no conselho de Loulé.

Hei-nos num espaço natural classificado como local de interesse do mesmo nome e o roteiro consta de 4,5 km.

O percurso transcorre pela beira dum rio no qual podemos observar, além da vegetação mediterrânea, a vegetação própria da ribeira: a mata “em Galeria”.

Rapidamente encontrámos a primeira surpresa, uma folha carnosa com frutas no chão: groselhas, amoras silvestres imensas, arandos/mirtilos, etc e umas moedas. Atónitos prosseguimos com o intercâmbio. Nunca tinha visto isto na península na minha expêriencia em percursos.

A zona é abundante em fontes e veneros e algumas caem sobre o mesmo rio. Como zona própria do Barrocal Algarvio, de natureza caliça, tem roca que costuma armazenar água que emerge no contacto com rocas não permeáveis.

Do caminho partia outro percurso, também circular, “Roteiro das 7 Fontes” que deixamos para outra vez.

Depois dum piquenique, numa área recreativa disposta “ao efeito” que não descrevo para não dar inveja a quem leia esta descrição, continuamos a caminhada, a perder-nos um bocadinho num caminho inundável pelas águas, não devido à imperícia do guia, mas por o bom ânimo desportivo dos caminhantes.

Atravessámos o rio, não sem dificuldade, por umas plataformas dispostas no leito, sem chegar a ser uma ponte.

Já na outra beira, reparámos numa nora em bom estado, para o rego das hortas agora abandonadas, que povoavam os “socalcos” das margens.

Quando o caminho se faz mais largo, chegámos à casa dum artesão cesteiro e outros “requintes” com a cana. Não esqueçam deixar algo de dinheiro nesta actividade.

Já o caminho faz-se carril largo, apto para carros e mais longe do leito, podendo observar um sobreiral que voltou a brotar depois do passo dum incêndio.

Terminámos nosso caminho circular, atravessando um rio por uma ponte da estrada na que teremos feito nossos últimos metros pelo asfalto já com mais cuidado pelo tráfego.

Saudações, espero que lhes tenha gostado.

Assinado: O Ramão. Guia Ambiental da Península Ibérica

N.deA.”folhado” é um arbusto de nome latino Viburnum tinus, não é nenhuma palavra de línguas irmãs.